terça-feira, 27 de novembro de 2007

Portugal na imprensa romena

Publica-se aqui a tradução de excertos de um artigo publicado no jornal "Gandul" a 23 de Novembro, três dias após a estreia do teatro português na Roménia!
O encenador e dramaturgo Carlos J. Pessoa desceu na cave de Green Hours junto com o Embaixador do seu país
Durante dois dias, o dramaturgo participou no lançamento do volume no âmbito do Festival de Dramaturgia Contemporânea de Brasov, depois teve um encontro com os estudantes da UNATC em Bucareste, e a seguir, desceu na cave da Green Hours para ver no pequeno palco do Teatro Luni, que acabou de comemorar 10 anos de existência, a estreia da encenação da sua peça, incluída no volume, Ácido (sobre a imigração e talvez mais...), realizada por Cristian Dumitru. 58 pessoas mais uns kilos de tomates para disfarçar – é uma das frases que se fixam na memória do espectador depois de assistir ao conjunto de ”clips” que compõem a declaração de tolerância no que diz respeito ao próximo menos fortunado. A história dos chineses mortos sufocados numa contentor, evento unicamente relembrado numa notícia transmitida em directo, com inúmeras ausências de factos por parte de um jornalista negligente, é o núcleo do espectáculo, ao qual se adicionam outros episódios. Destes, salientam-se em termos de impacto, o monólogo da dona de casa que humilha sem dó, numa linguagem extremamente plástica, a enfermeira imigrante (excelente recital da actriz Dana Voicu), e o outro monólogo do polícia do SEF, interrompido por algumas falas do imigrante, construído estrategicamente para humilhar, (relação tensa entre as personagens representadas pelos actores Gabi Calinescu e Bogdan Dumitrescu). Apesar de o assunto da emigração ser muito actual na sociedade romena, desconhece-se a razão pela qual este tem tão poucas abordagens no palco romeno. Ao lado da personalidade do teatro português, esteve igualmente presente no Green Hours o Embaixador de Portugal em Bucareste, provavelmente o primeiro Embaixador de um país estrangeiro a visitar este clube de jazz, que acolhe um teatro que se assemelha àquele que o Carlos J. Pessoa fundou em 1989, e continua a dirigir, o Teatro da Garagem. Além do texto de Pessoa, o volume inclui peças assinadas por Luísa Costa Gomes, Jorge Silva Melo, Abel Neves, José Maria Vieira Mendes, Pedro Eiras e José Luís Peixoto, na tradução de alguns licenciados da Faculdade de Línguas Estrangeiras da Universidade de Bucareste.

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